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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

TICs no Ensino de Língua Portuguesa

As TICs

Para utilizar as tecnologias da Comunicação e do Conhecimento a favor dos professores de Língua Portuguesa, é necessário sempre utilizar vários recursos, desde a pesquisa na internet até a produção e compartilhamento de textos em interfaces virtuais como Blogs, Webquests, etc... A complexidade das regras e exceções gramaticais também recebe uma atenção diferenciada com o uso das tecnologias, dos vídeos, das atividades on-line, quando realizadas com os alunos.

Direcionar esse trabalho, talvez seja um dos maiores desafios dos educadores na atualidade. Muitas dificuldades são encontradas, porém, é sempre uma grande experiência quando notamos que nossos alunos estão se interessando mais pelos conteúdos aplicados quando estes são compartilhados através da utilização das Tics.
Um dos projetos que podem ser realizados na disciplina de Língua Portuguesa e que pode ser cativante tanto para os alunos e consequentemente para os professores é a produção de um blog com produções de textos de diversos gêneros textuais, no qual eles fazem a produção em sala de aula, os textos são corrigidos posteriormente e depois postados pelos próprios alunos em um blog da turma.
Utilizando por exemplo, os artigos de opinião, pode-se montar um projeto com os alunos, cujo o produto final pode ser um blog na internet, onde os alunos possam postar as atividades trabalhadas em sala de aula e ao mesmo tempo interagir. Para isso é preciso conhecer o gênero nas primeiras aulas, levando artigos de opinião e questionando com os alunos sobre o que eles já conhecem a respeito. Depois orientar os educandos nos usos das ferramentas digitais para que estes possam acessar os meios de comunicação em que o gênero artigo de opinião se faz presente como blogs, revistas e jornais digitais.Uma roda de conversa pode ser feita para que os alunos possam se expressar em relação ao assunto dos textos lidos. O professor poderá organizar a turma em pequenos grupos de três componentes e distribuir entre eles vários jornais e artigos. Os grupos irão escolher uma noticia e um artigo de opinião, apontando itens que diferenciam um e outro expondo também características relevantes em um artigo de opinião. Após a análise, os grupos expõem para os demais colegas as diferenças e características que perceberam nos gêneros. Por último, e não menos importante, o professor deve promover uma discussão sobre as características do gênero, a fim de que os alunos cheguem a algumas conclusões como: a definição de títulos e tema, descrição das características presentes no gênero artigo, ampliação de vocabulário, interpretação de texto, conhecer expressões para articular em um artigo e identificar argumentos nos artigos de opinião.
Nas próximas aulas, propor um debate na turma, dividindo a classe em dois grupos onde um será a favor e o outro contra utilizando como temática uma questão polêmica, como por exemplo “Uso ou não de uniforme na escola”, " O uso do celular em sala de aula". O professor expõe na lousa os argumentos e depois analisa com os estudantes o grupo que melhor argumentou e defendeu suas opiniões. Aí então dispor de jornais locais e acesso ao laboratório de informática com internet, incentivando-os a pesquisar notícias que foram ou que são destaque em sua cidade. O professor deverá orientá-los para que anotem dicas interessantes das notícias escolhidas, como e quando aconteceram os fatos, quem foram os envolvidos no acontecimento e qual foi a questão polêmica. Depois, os educandos deverão ser incentivados a praticar o gênero artigo de opinião através da produção textual, sobre um tema que pesquisaram ou que assistiram no jornal local ou ouviram na rádio. Dessa forma exercitarão a escrita argumentativa. Os alunos deverão ler e apontar melhoramentos no texto produzido na aula anterior. Salientando: Reorganização das ideias; Pontuação; Correção ortográfica; Coerência e coesão; Reescrita do texto. No produto final os textos produzidos pela turma podem ser expostos e compartilhados em um mural da escola ou ainda se existir um blog da escola, podendo ainda criar um blog da sala ou blogs individuais dos alunos. É importante socializar e divulgar as produções textuais dos estudantes.

A produção de textos em Língua Portuguesa é um campo muito complexo, pois os alunos possuem muitas dificuldades na escrita, não leem e o que escrevem e acabam errando muito, e ficando frustrados com as próprias redações. Com esse projeto, o objetivo principal é que os alunos possam ler e comentar os textos uns dos outros, como uma atividade prazerosa e diferenciada. Trabalhando habilidades básicas como a digitação de textos no Word, e ainda a publicação na rede como uma forma de incentivo para a produção de vários textos.



O professor deve utilizá-las...




Vivemos em um mundo onde cada dia que passa há um avanço na área tecnológica, com o surgimento de novas tecnologias de informação e de conhecimento a todo instante. Estas, por sua vez, proporcionam variadas maneiras de distribuir o conhecimento. Quando se fala neste assunto associado às praticas pedagógicas, surge sempre uma dúvida: onde se encaixa o professor neste cenário?
Por vivermos em uma sociedade que está em constante transformação, não devemos deixar o professor de lado, mas devemos associá-lo ao uso das novas tecnologias como ferramenta de suporte para o ensino-aprendizagem nas escolas, pois se a utilização das mesmas acontecerem de forma apropriada, os resultados consequentemente serão satisfatórios e é ai que o professor exercerá o seu papel.
Diante deste cenário das novas tecnologias, o professor de Língua Portuguesa, que antes exercia apenas o papel de ensinar, que já estava direcionado a ele, e também o de transmissor dos conhecimentos e das suas vivências para os seus alunos, hoje é o mediador do processo de ensino-aprendizagem. Sendo assim, o aluno que antes era apenas o aprendiz, aquele que estava ali apenas para receber o conhecimento, passa a ser também o construtor da sua aprendizagem, juntamente com a turma e com os seus professores.
Para que isso ocorra, o aluno deve interagir, buscar novas informações, dialogar, proporcionar discussões sobre os assuntos que o envolvem no mundo no qual ele vive, como política, drogas, sexualidade, ética, moral. Refletir, pesquisar, desenvolver o seu lado pessoal e profissional, também são atributos para os nossos aprendizes de hoje e para que os mesmos consigam desenvolver todas essas capacidades e dar sentido e significado a todas elas, o professor deve mediar, que é na verdade o seu principal papel diante da construção do conhecimento e da aprendizagem; além de ser facilitador, motivador e estimulador da aquisição de informações que darão significados aos conhecimentos adquiridos por seus alunos.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Literatura no ensino médio

Trabalhando...

Para trabalhar literatura no Ensino Médio é necessário compreender a expressão do ser humano que recria uma determinada realidade através de palavras. Literatura é arte, e para que ela seja bem compreendida é preciso ressaltar o contexto: em que ela foi produzida, do aluno que a lê, do momento da leitura. A leitura do texto literário no ensino médio é, sem dúvida, muito importante para o aluno nesta fase de sua formação escolar. O texto literário promove um encontro especial com a leitura, pois através do contato com a literatura o aluno descobre as múltiplas faces da linguagem, entra em contato com diferentes aspectos da Língua Portuguesa.
Quanto maior a diversidade de textos literários apresentados aos alunos, maior será a experiência que ele terá com este universo de singular beleza, magia e emoção. Neste sentido a literatura passa a ser um convite à liberdade de expressão, onde os alunos podem expressar seus sentimentos, descobrir e compreender melhor suas próprias emoções.
A faixa etária dos alunos do ensino médio varia dos treze aos dezoito anos de idade, nesta fase o adolescente encontra-se emocionalmente vulnerável, e acaba sendo influenciado diretamente pelo poder de persuasão da mídia, dos amigos, dos preceitos consumistas, deixando levar-se, na maioria das vezes, pelas falsas ideologias. Trata-se de uma fase radical na vida do aluno, haja vista, que neste período de sua vida, o educando passa a formar uma concepção de mundo, buscando afirmar sua personalidade perante os pais, os professores e, principalmente, aos amigos. Lembrando que a linguagem conotativa do gênero literário permite ao aluno manifestar suas inquietações psíquicas de maneira saudável e inteligente.
A formação de leitores de textos literários no ensino médio é um grande desafio, as vantagens e os benefícios da literatura para a formação do aluno são incontáveis. Os textos oferecem assim, a oportunidade de levar até o adolescente um mundo onde ele, o aluno, poderá encontrar verdadeiramente a liberdade por ele tão almejada. A influência que o professor exerce no aluno deve ser utilizada de maneira positiva. Se pretendemos formar leitores, precisamos, antes de tudo, ser assíduos leitores. Ninguém dá o que não possui ninguém ensina o que não conhece!
Conforme diz o módulo, é preciso “procurar nas obras que lê aquilo que pode dar sentido à sua vida” (TODOROV, 2009) e estabelecer relações com os contextos literários, histórico, cultural, sem reduzir a um apanhado de informações. Os estilos da época e do autor devem ser examinados para só depois deter-se no estilo literário da obra em si.

Atitude do professor

O professor precisa primeiramente ter noções importantes tais como associar leitura a prazer e fruição. A leitura não deve ter como foco atender a um objetivo imediato, mas privilegiar a imaginação. Para isso, é importante que se escolha o texto a ser lido, o qual esteja adequado à etapa e ao nível cognitivo dos alunos.
Começando com leituras mais ligadas ao universo deles e, indo gradativamente e conduzindo-os a textos a mais complexos, de modo que possam entender e apreciar a Literatura.

Estudar Literatura hoje com os alunos é despertar para questões profundas do ser humano, seja por meio das obras já consagradas ou ainda provocar a escrita dos nossos pequenos e novos autores. Essa paixão dos alunos de letras pelos textos, contos, romances, deve ser ainda acesa em nossa vida como professores também. Portanto, o estudo das obras é organizado, animado e instigado por nós e deve ser feito para que os alunos conheçam e compartilhem dessa paixão.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Sequência Didática : Propaganda - inglês

Segmento/Série-Ano observado: 2ª Série do Ensino Médio

Relatório de observação de aulas em que a competência de leitura é desenvolvida
Planejamento Inicial

Gênero trabalhado: Gênero Publicitário (Advertisement)

Atividades propostas:

- Reconhecer hábitos de consumo e o suporte da propaganda (jornal, rádio, televisão, internet, telemarketing, outdoor);
- Atividade de localização de informação (Verdadeiro ou Falso);
- Atividade de reflexão: produtos anunciados por faixa de horário e idade;
- Estudo da Gramática: Verbos no modo Imperativo e Graus de Adjetivo (compre, tenha, coma; o menor preço, mais barato).

Número de aulas: 04 aulas

Objetivos:

- Sensibilizar os alunos para o tema proposto: a cultura do consumo;
- Reconhecimento e aprendizagem das diferentes necessidades veiculadas em um anúncio ou propaganda;
- Reconhecimento de mensagens implícitas em anúncios ou propagandas (linguagem verbal e não verbal);
- ampliar a visão do aluno em relação ao mundo,
- observar as relações de poder e ideologias presentes no anúncio publicitário
- incentivar o aluno a criar o hábito de observação,
- desenvolver o raciocínio do olhar crítico a partir da propaganda,
- motivar os alunos a criarem suas próprias propagandas
- provocar no aluno a curiosidade investigativa e a capacidade de análise em relação à leitura crítica de textos verbais e não verbais que são produzidos socialmente.
- Reconhecimento do tema.

Materiais necessários:

- Papel sulfite, canetinhas, lápis, borracha, lápis de cor, giz de cera, papel Kraft, revistas velhas e tesouras.
- Fotocópia de propagandas em inglês;
- Fotocópia de textos sobre propaganda no rádio e na TV (Prós e Contras);
- Dicionário Bilíngue (Português/Inglês)

Descrição da pré-tarefa (pretask):

Ele iniciou o trabalho questionando os alunos em qual mercado os pais faziam as compras. Por quê?
Se é porque é próximo da casa ou se a escolha é feita com base nas propagandas em folhetos na rádio ou TV.
- Apresentar algumas propagandas, retiradas da internet, de jornais, revistas, etc.;
- Perguntar ao aluno qual propaganda chama mais atenção e por que;
- Comentar a discussão com perguntas do tipo: "Quais recursos são utilizados para mostrar cada produto: imagens, fotos, desenhos? Como são as cores? fortes ou claras? Como são as letras: grandes ou pequenas: Há pessoas na propaganda? Como são as pessoas e o que elas estão fazendo? O que mais aparece: slogan, nome da empresa, nome do produto, informações sobre o produto?";
- Perguntar qual o público-alvo de cada propaganda e peça que mostrem quais características das propagandas definem o público.

Comentários:

Utilizou o conteúdo no manuseio de diferentes textos de gêneros propaganda como cartazes, os vídeos, revistas, slogans, outdoors, internet e outros.
A apostila (Caderno do Aluno) ensina vocabulário, gramática e organização sistêmica, com aplicabilidade no dia-a-dia.

Descrição da tarefa (whiletask):

O professor apresentou a eles uma propaganda de um Shake que era de grande repercussão, uma vez que era escrito em Inglês e ter feito sucesso entre as pessoas que utilizavam.
Depois disso, entregou aos alunos vários panfletos de mercado para deixá-los manusear e procurar produtos cuja propaganda estava escrita em Inglês. Foi feita uma análise com os alunos sobre o conceito de propaganda, através da transmissão de mensagens verdadeiras ou parcialmente verdadeiras.
Aí então foi realizada uma sessão de vídeos com uma das propagandas antigas que marcaram época como: Cotonete Johnson’s, Bala de leite Kids, Pizza, pedindo aos alunos que observassem as características, o que eles falam do produto, sua imagem, se o ponto forte é o discurso ou algum recurso visual.
Leitura e entendimento de texto sobre rádio e TV

Comentários:

Provocando comentários e instigando a curiosidade, as atenções se voltaram para os detalhes que consagram essa propaganda, que é uma forma de comunicação que visa influenciar as emoções, atitudes, opiniões e ações de um público alvo específico, com fins ideológicos, políticos ou comerciais. Desta forma, o conhecimento de mundo dos alunos foi trabalhado, refletindo sobre a relação consumidor/consumo.

Descrição da pós-tarefa (posttask):

Os alunos foram divididos em grupos de quatro integrantes para elaborarem o texto da propaganda para vender seus objetos e postar vídeos no youtube. Foi feita uma votação das propagandas mais engraçadas e das mais convincentes. Foi estabelecido um dia para ser o dia da propaganda na escola para apresentar às outras turmas, comunidade escolar e pais, as produções dos alunos fazendo a exposição dos cartazes e vídeos.
- Criar ou selecionar um produto;
- Criar um vídeo e postar no youtube;
- Pesquisar e criar o "slogan";
- Pesquisar e criar uma frase usando comparativo de superioridade ou superlativo de superioridade;
- Observar os recursos usados em propaganda: títulos, cores, apelo visual, público-alvo.

Comentários:

A avaliação foi feita pela observação, do grau de envolvimento e argumentação dos alunos, avaliação contínua, avaliação de acordo com as propagandas feitas por eles. Dessa forma, eles (alunos) reforçam o conhecimento de mundo, o conhecimento textual e o conhecimento adquirido em aulas anteriores, para a elaboração e apresentação do poster e do vídeo.

Descrição das atividades de interação (atividades cooperativas):

A elaboração em conjunto de uma propaganda para vender os objetos causou uma verdadeira festa entre eles, os alunos dessa fase, embora tímidos e sempre voltados à própria realidade, também buscaram inovar e criar o novo. Junto com os colegas desenvolveram produtos muito fora do comum, alguns atuaram como produtores outros desenhistas e outros atores na produção dos vídeos.
Os alunos responderam um questionário avaliativo:
- O que conseguem fazer sozinhos? O que conseguem fazer sozinhos, mas com ajuda? Não conseguem fazer?
- Reconhece uma propaganda? Localiza informações específicas? E quanto às informações explícitas?
- Identifica palavras cognatas ou emprestadas? Trabalha em equipe e assume funções?

Texto opinativo

As pessoas buscam constantemente interagir através de uma diversidade de textos produzidos pela sociedade. Assim, diante dessa diversidade, na entrevista feita com o professor Paulinho, observou-se em seu trabalho com a classe, que ao abordar o estudo do gênero propaganda, há um estudo de textos de grande circulação na esfera social publicitária que envolve a sociedade como um todo e também aos alunos da 2ª série do Ensino Médio, uma vez que, é um tema proposto no Caderno do aluno. Trabalhar a linguagem por meio de gêneros textuais é uma das formas de explorar a língua de uma maneira contextualizada e dinâmica, como também de desenvolver e organizar as práticas de leitura, oralidade e escrita de acordo com a interação e o processo sócio histórico.
A atividade de vivência foi muito significativa, pois o professor que acompanhei por esses dias, além de ser uma ótima profissional, também demonstra grande fluência na Língua. Ao realizar as atividades, monitorando os alunos com bastante paciência e conhecimento da arte de ensinar, as aulas foram bem preparadas e o professor utilizou com maestria o tempo de preparação para procurar atividades extras que não estavam nos cadernos, assim essas aulas foi um verdadeiro exemplo para as minhas futuras aulas de inglês. 

Comunicação pela Teoria da enunciação


Elementos do processo comunicativo


Enunciador (sujeito), enunciatário ou interlocutor, enunciação e enunciado, são os elementos necessários para a comunicação.
Enunciador é compreendido como o sujeito que constroi a mensagem para que seja captada pelo enunciatário, que por sua vez interage e produz sentido ao processo comunicativo.
Enunciação e enunciado remetem a conceitos bem próximos, pois ambos os termos se relacionam com o ato comunicativo, colocando a linguagem em funcionamento, o interlocutor recebe a intenção comunicativa produzida pelo enunciador. De um modo simples, podemos definir enunciação como o ato de produzir o discurso, enquanto que o seu produto, o discurso em si, já “fabricado”, constitui o enunciado. Trata-se de uma oposição entre o processo de dizer e o dito.



Segundo Benveniste,

No plano enunciativo assinalam-se a pessoa que enuncia, além do sujeito a quem se dirige a o enunciado, o tempo e o espaço em que ocorre; os quais integram o processo de construção de um contexto situacional e determinam ainda a referenciação de todos os signos presentes no discurso.
No discurso, existem processos de composição que caracterizam, envolvendo o tempo presente, o pretérito perfeito, o imperfeito, o mais-que-perfeito e o futuro do presente, a representação dos diferentes elementos da história, a caracterização da narração (voz em 1ª e 2ª pessoa), a configuração do espaço e dos personagens.
Nas histórias (orais ou escritas), é possível estabelecer uma ligação entre o texto e os fatos narrados quase que por si mesmos, pois ele é o produto do ato de enunciação de um narrador que se dirige, explícita ou implicitamente, a um leitor que interpreta ou decodifica a mensagem narrativa.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Cópia e produção de texto... pode?

A produção textual deve ser um processo sociointeracionista, onde o indivíduo mobiliza todo o seu conhecimento e experiência de vida e elabora de forma autônoma seu posicionamento diante da sociedade em relação a determinado assunto.
Portanto, quando se está copiando, não se está escrevendo, ou seja, não se está produzindo. Pois produzir um texto é uma atitude de expressão, onde através dele você expõe suas opiniões, sua colocação diante do tema sobre o qual se escreve. Escrever é um processo ativo, é dizer o que você realmente pensa.
Já a cópia é um processo passivo e mecânico, que para tanto nem se há a necessidade de pensar, simplesmente se reproduz a ideia do outro, e muitas vezes sem compreendê-las, como um papagaio que repete os sons sem questioná-los, sem conhecer o significado daquela fala. Porém também temos a cópia em uma atividade de produção de texto coletiva, copiar o produto final é significativo, pois o aluno se reconhece como co-autor do texto.
Porém, em algumas atividades há a possibilidade de se utilizar a cópia de modo produtivo, isso dependerá muito do direcionamento que o professor dará à atividade. Algumas dessas atividades são importantes para desenvolver habilidades relacionadas à forma, podem ajudar os alunos a focalizar a atenção nos grafemas, na ortografia e pontuação, e a exercitar a caligrafia, por exemplo. Afinal, acredito que para copiar, precisamos antes, ler e então temos a oportunidade de se aprender com o texto que estamos trabalhando.
Temos que ser críticos em relação a esse tipo de atividade, mas como também não podemos dizer que atividades de cópia não possam ter um objetivo significativo para os alunos. Apenas precisamos ensiná-los a fazer uma cópia “crítica”, analisando, pensando e repensando sobre aquilo que se está copiando, aprendendo com o que for notável e contestando o que não se concorda.
Assim, temos que ter em foco o objetivo da produção textual e analisar o significado das atividades, para então alcançar uma aprendizagem expressiva.

Trabalho com gênero - Biografia


Atividade de Drafting

Antes de iniciarmos o processo de “writing” ou seja escrita da biografia, vamos analisar alguns aspectos deste gênero textual:
  1. Observe o exemplo de texto biográfico e dê três principais motivações para que alguém escreva esse tipo de texto.
  2. Em que canal de comunicação esse tipo de texto circula? Ele é escrito para que comunidade de leitores?
  3. Qual é o tema principal abordado? Que título é frequentemente utilizado nesse gênero?
  4. De que maneira é desenvolvida a apresentação do texto, quais as características principais? É estruturado em perguntas e respostas? Podem-se usar depoimentos, cartas, entrevistas?
  5. É um texto de ficção ou apresenta fatos da realidade? Podemos dizer que é um texto narrativo?
  6. Quanto à sequência abordada, as datas são progressivas? O que podemos perceber com isso a respeito do desenvolvimento de uma biografia?
  7. No texto existem os chamados organizadores textuais, que envolvem o gênero biográfico, encontre no exemplo fatores que determinam: tempo, modo e lugar.
  8. Quais os termos que substituem e retomam o nome da pessoa cuja biografia é abordada, para que o texto não fique repetitivo?
  9. Se fosse escrever sobre a vida de alguém que pessoa você escolheria? Pergunte ao colega qual seria o escolhido dele também.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Gramática e Análise linguística

Norma culta x Linguística

É necessário o equilíbrio e bom senso por parte do professor para que ao ensinar a norma culta também possa formar os chamados "poliglotas da língua", pois mais do que formar gramáticos mirins, devemos ter consciência da variedade de adequações da Língua Portuguesa. Portanto o grande desafio é diversificar os gêneros e aplicar a linguagem nos diversos contextos em que ela se modifica e é utilizada.
É muito difícil mesmo, quando temos alguns colegas e pais presos à forma e ao "correto" na língua, além de gestores que cobram que os alunos apliquem a norma culta até mesmo na oralidade, o que pra adolescentes é praticamente impossível... Se o aluno fala algo inadequado já carregamos o fardo: Cadê o professor de português??? Não é?


Qual deve ser a postura do ensino da Gramática de acordo com o Currículo do Estado de SP?

O ensino da gramática da Língua Portuguesa deve ser abordado pelo professor que é responsável por conhecer e se apropriar primeiramente dos conceitos de linguagem, o qual é assumido pelo Currículo como forma de interação e o conceito de língua que envolve a ideia de “sistema de signos específico, histórico e social, que possibilita a homens e mulheres significar o mundo e a sociedade.”. Ainda segundo o Currículo, dois aspectos principais da linguagem devem ser abordados: o conhecimento do conjunto de regras que estruturam a língua e norteiam a produção de frases e textos em geral, levando em consideração aspectos de conexão, coesão, estratégias enunciativas, e também a utilização da língua nos diversos contextos do dia-a-dia que permitem ao indivíduo desenvolver a comunicação, nesse caso a interação entre pessoas de diversos níveis culturais falantes da língua.
O professor deve, nesse sentido, realizar atividades que enfoquem o uso da língua, assim como o trabalho com a produção e compreensão de textos, tanto na oralidade quanto na escrita, de acordo com os diversos gêneros discursivos/ textuais e através de uma sucessão de atividades de reflexão sobre a língua e usos da linguagem para que o aluno seja capaz de aplicar melhor os termos e conceitos estudados. Neste módulo podemos observar que o esquema de trabalho para o professor se realiza com o seguinte: uso, reflexão, uso! A unidade de ensino, abordada neste estudo é a do texto em si e também da ortografia e sintaxe, além de considerar questões de semântica e aspectos de gênero discursivo / textual.
Ao definir as capacidades linguísticas que precisam ser desenvolvidas, o professor deve tomar como ponto de partida o texto do aluno. Por isso, um projeto de análise linguística em sala de aula e atividades de análise de textos encontrados nos diversos contextos sociais são também formas de se trabalhar a gramática. Observar primeiramente as necessidades durante o passo a passo das etapas do desenvolvimento de formação linguística do aluno, através das práticas de análise linguística que devem ser constante em todo o processo de produção de texto do aluno, ou seja, deve haver um monitoramento da prática de elaboração de textos.
A análise linguística pode ser entendida quando professor e aluno, aluno e colegas, discutem questões sobre a estrutura da escrita do texto, os efeitos de sentido de uso de palavras específicas empregadas no texto, organização de ideias de acordo com as características do gênero textual trabalhado, as respostas a essas perguntas estimulam a reflexão entre professor e aluno sobre a organização da língua dentro de determinado contexto de uso.
Leitura, escrita e conversas descontraídas são atividades do processo de comunicação. Maneiras comuns de preservar a cultura, as tradições e costumes de um povo. Todos nós temos uma percepção própria do “certo e errado” de acordo com as normas, porém na verdade o que acontece é que a lingua ocorre em níveis diferentes de atuação e de situações, ou seja, em casa com os amigos costumamos utilizar uma linguagem menos pensada e preparada, a comunicação é simples e os assuntos são mais leves, porém se a situação é de formalidade, se a discussão é sobre assuntos diversos sobre economia, direito, por exemplo. O emprego de gírias e uma linguagem simples não seriam adequados.
A linguagem pode determinar o perfil social a que o falante pertence, pessoas que não têm formação escolar, hábito de leitura, irão ter dificuldade em entender e aplicar a norma culta da lingua. Um acento pode fazer muita diferença em uma frase, determinando mudanças de sentido por apenas um detalhe de ambiguidade sintática. Pontuação também pode trazer uma mudança de sentido sintático e a Concordância são aspectos muito importantes para o sentido das frases na construção de uma situação comunicativa. O ensino, desse modo não pode ser feito utilizando frases isoladas, mas ao ler e analisar os diferentes gêneros dos próprios textos produzidos e da sociedade em geral, verificando o emprego da língua naquela situação proposta. 

Para que a leitura produza sentido, observam-se alguns elementos gramaticais do texto...

O aluno percebe no texto do autor, as várias formas de estrutura dos períodos e os elementos de ligação por meio de preposições, conjunções, alguns advérbios e expressões, os quais podem mudar os sentidos do texto. Ao ter contato com a consulta aos dicionários e gramáticas podem ampliar o repertório de novas palavras e aumentar a capacidade de construção de sentido. Ainda pode perceber que a organização sintática inadequada e/ou por mau uso dos operadores argumentativos pode resultar em textos incoerentes.
Ao conhecer os gêneros de leitura e da escrita, o aluno leva em conta as condições de produção de textos e as escolhas linguísticas, que remetem a vários outros objetos de ensino estruturais, textuais, discursivos, normativos. A aplicação de tempos verbais, a conexão, coesão nominal, coesão verbal, estratégias enunciativas no conhecimento das articulações do sistema linguístico de acordo com o estudo do texto. Além de observar os aspectos funcionais, situacionais, contextuais (comunicacionais) do uso da língua.



terça-feira, 30 de outubro de 2012

Trabalho em grupo x Homework

Como o professor pode monitorar as atividades para que haja um trabalho colaborativo?

Nas atividades dentro da sala de aula, o professor pode monitorar, andando entre os grupos, auxiliando possíveis dúvidas e evitando conversas que possam dispersar os estudantes do objetivo do trabalho. A prática docente deve ser de monitoramento para haver um melhor aproveitamento e rendimento do trabalho em grupo, para isso é preciso saber escolher bem os grupos. Essa escolha, basicamente, leva em conta alguns passos:

- Os alunos precisam se sentir seguros, a fim de contribuir nas atividades interativas, e que elas não sejam apenas uma “diversão”. Portanto, o objetivo das tarefas deve ser claro e exposto; o professor pode colocar na lousa o andamento da aula e da atividade feita em grupo e ir marcando onde estão além de manter o controle do tempo.
- Os grupos podem ser divididos de acordo com o potencial de cada aluno que já é conhecido pelo professor ou pela afinidade e livre escolha dos próprios alunos.
- Além do trabalho em pequenos grupos, a colaboração pode ser promovida com a disposição dos alunos em forma de um semicírculo ou de maneira que eles possam se olhar, conversar e dividir matérias sem gritos, além de propiciar mais comodidade em classe, facilitando o trabalho do professor como monitor das tarefas em produção (tanto oral, como escrita), ou como um membro do grupo, pois assim os alunos não o viam como um instrutor.
Nas situações de aprendizagem de Homework é necessário cuidado ao definir os grupos entre os alunos pela afinidade, pois se a atividade é realizada fora da sala de aula deve ser levado em conta, por exemplo o fator de localização de onde o aluno mora, para facilitar a realização dos encontros para a atividade.
Entre as técnicas mais utilizadas para a divisão aleatória de grupos, podemos destacar a separação por partes de música que os alunos conhecem, pelas cores, formas, números, quebra-cabeças, por sorteio, entre outros. Dessa forma, dentro da aula, cabe ao professor definir a formação dos grupos de trabalho, onde o objetivo maior deve ser o de evitar a exclusão e proporcionar a todos uma divisão de forma justa e igualitária, na qual é importante perceber e definir o grau de conhecimento de cada um e das capacidades em comum para o desenvolvimento das habilidades sociais.
De acordo com o módulo e os conhecimentos abordados, podemos perceber que as tarefas em grupo que são feitas fora da sala de aula podem ser monitoradas de acordo com procedimentos bem simples:
- A atividade deve envolver a todos os alunos e fazer com que todos tenham algo a fazer, de acordo com o grau de dificuldade dos exercícios, o objetivo final, ou algumas características específicas da atividade.
- Antes da apresentação final pode haver uma conversa coletiva para verificar o que foi sentido pelo aluno, se o colega ajudou ou não, quais as dificuldades para desenvolver a auto-avaliação dos próprios alunos. Nesse sentido, os alunos podem elaborar uma pequena avaliação do grupo para apresentar antes do produto final, abordando questões de dificuldade de desenvolvimento seja por questões de pessoas que não estão colaborando com o trabalho ou até de que ainda precisam para terminar a atividade.
A avaliação feita pelo professor deve ser realizada desde a elaboração, a formação dos grupos, do envolvimento de cada um, até o produto final.

Trabalho em grupo colaborativo

Abordagem colaborativa

Trabalhar em grupo ajuda a desenvolver melhor as práticas do aprendizado, pois esse trabalho promove o diálogo, os debates e seminários em sala de aula, desenvolvendo a produção oral entre os alunos, pois em grupos, os alunos falam mais, especialmente em tarefas que envolvam diálogos, ou apresentações a outros grupos. Os alunos têm a oportunidade de aprender a trabalhar com o outro, assim desenvolvem a criação de estratégias para o próprio aprendizado e dos colegas, uma vez que os integrantes do grupo se ajudam no esforço comum. Porém, para que haja esse tipo de abordagem cooperativa é preciso garantir que os alunos colaborem uns com os outros e para isso existem alguns critérios a serem seguidos, dessa forma podemos entender que nem toda atividade em grupo pode ser chamada de cooperativa. Olsen e Kagan destacam a questão da dependência entre os alunos de acordo com a organização da atividade, além de fatores como a responsabilidade pelo aprendizado do próprio aluno e dos outros colegas do grupo. De acordo com esse estudo, são características de atividades cooperativas:
A interdependência positiva, a qual se relaciona ao fato de que o aluno percebe que todos devem crescer e cooperar igualmente para que todos consigam alcançar o objetivo da tarefa, ou seja, o que afeta um membro afeta o outro positiva ou negativamente. Na formação do grupo, envolvem-se as questões sobre o tamanho do grupo, a divisão de tarefas dentro dele e que cada um tem a sua função ou seu papel dentro da estrutura grupal. Outra característica já mencionada é a da responsabilidade, na qual cada membro é responsável pela sua aprendizagem e dos colegas. O aluno, durante a realização das atividades cooperativas, utiliza-se de habilidades sociais principalmente na negociação entre os integrantes do grupo e também de acordo com as noções claras que o professor deverá expor antes, durante e na conclusão do trabalho, abrangendo ainda a realização de estruturas cooperativas que consistem em organizar a interação das equipes, cada um contribuindo com o outro para garantir a excelência das outras características.


Exemplos de atividades cooperativas


São exemplos de atividades cooperativas: a three step interview esta prática propõe 03 passos para entrevistar e expor aos colegas suas conclusões: em duplas no próprio grupo entrevistam seus pares, depois os alunos trocam de papel e o entrevistado vira entrevistador. Em seguida compartilham aos demais as conclusões obtidas dos dados da entrevista com os colegas. A round table, atividade de escrita a fim de coletar dados sobre um determinado tema, cada aluno escreve o que acha sobre determinado assunto e o outro complementa com suas informações, no final o último a escrever efetua a leitura para todos os integrantes e verifica o que foi exposto concordando ou divergindo com o que foi dito primeiramente. Temos ainda a think-pair-share, neste tipo de atividade o professor faz uma pergunta chave para provocar um debate e os alunos anotam sua resposta individualmente, depois em duplas ou em grupos maiores podem compartilhar e discutir sobre suas ideias com os outros colegas a fim de chegarem a uma conclusão consensual entre eles. Neste mesmo âmbito de trabalho temos a solve-pair-share, porém esta atividade está voltada a uma situação-problema e não mais em um debate de questão aberta, os alunos em duplas ou em equipes deverão chegar a uma solução para um determinado problema envolvendo entre eles a resolução de conflitos.
Em resumo, a cooperação é a grande questão do trabalho em grupo. Dessa forma, podem-se promover resultados satisfatórios no desenvolvimento da aprendizagem. Um trabalho em grupo, no qual o professor vai ao encontro dos grupos, trabalhar como monitor e/ou orientador, circulando pela sala de aula, de grupo em grupo, observando o que os alunos estão assimilando, ajudando a promover a expressão oral de seus alunos é uma atitude positiva em relação à aprendizagem cooperativa deles.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Produção de Texto

As mudanças de foco na temática e trabalho com produção de texto. 

O aluno, que apenas escrevia de acordo com a tipologia textual e trabalhava apenas, narração, descrição, dissertação e produzia somente para o professor (corrigir, avaliar, mandar fazer novamente), agora passa a escrever seus textos a interlocutores variados e reais (amigos, autoridades, jornais, pessoas conhecidas), tornando a produção de texto uma forma de projeto também, no momento em que expõem na temática contextualizada e na prática os trabalhos da sala de aula para a vida. 
O trabalho com produção textual na escola deve provocar a saída da realidade focada na escola partindo para um mundo da escrita produzida pelo cidadão na sociedade. Para que ele seja capaz de elaborar variados tipos de texto na prática social tanto na oralidade quanto na escrita. O aluno deve entrar em contato com os diversos tipos de texto para que seja capaz de desenvolver seus próprios textos, comunicando através dos diversos meios de circulação e de acordo com a proposta de finalidade que o texto traz, ou seja, ao buscar um trabalho o aluno deve ser capaz de produzir um currículo bem escrito, ao expor uma crítica em um blog deve ser capaz de expor com coerência as argumentações produzidas.
A escola deve favorecer, nesse sentido, também a exposição oral, pois na vida social não apenas utilizamos o gênero textual quando escrevemos, mas também quando falamos nas diversas situações públicas. Cabe a nós, professores desenvolvermos a oralidade dos alunos durante os trabalhos didáticos, desta forma, as exposições, os debates, telefonemas, as apresentações, devem ser levados para a sociedade e aos meios de circulação envolvidos com a vivência do aluno.
É necessário trazer a escola um texto dentro da realidade de produção de gêneros textuais contextualizados na vida da criança e dos adolescentes, desenvolvendo um conjunto de capacidades e competências por meio dos gêneros que estão ligados à capacidade de narrar, relatar, fatos reais, expor, instruir e argumentar. O aluno que escrevia somente para o professor passa a escrever a interlocutores reais (amigos, autoridades, jornais, pessoas conhecidas), esse trabalho torna-se assim, um projeto no momento em que os alunos colocam em prática os trabalhos da sala de aula para a vida e da vida para a sala de aula.



domingo, 21 de outubro de 2012

Mediação de erros

Todos cometemos erros


Os professores têm uma responsabilidade na mediação do aluno na construção da autonomia e confiança para o desenvolvimento da interlíngua. Não sendo necessário que o aluno compreenda totalmente e saiba reproduzir a aula de forma automática e até mecanizada. Portanto, situações de erro podem e vão acontecer. Na época de escola, os erros eram punidos com notas baixas, pois era necessário que se reproduzisse fielmente, sem faltar “nenhuma vírgula” o que o professor dissesse que era o “correto” na língua, principalmente através da gramática que era utilizada como instrumento de poder para o professor.
No entanto, hoje, percebemos que os erros também são importantes para o processo de aprendizagem, pois através da correção (autocorreção ou por mediação do professor ou entre os pares, seus colegas), pode-se efetivar a aprendizagem do aluno. Se o professor não souber lidar e mediar às situações de erro de seus alunos, pode acabar por diminuir a confiança deles e muitas vezes destruir a motivação para aprender. Aos poucos nós professores, entendemos que fluência é a capacidade de compreender e utilizar a linguagem, sem hesitação, mesmo que ainda existam erros gramaticais, pois estes erros são considerados meios para que o processo de ensino e aprendizagem avance e aconteça uma aprendizagem significativa.
Desta forma, devemos utilizar os momentos de erro como um momento de apresentar e rever estruturas da língua, também considerá-los um “norte” para o processo de trabalho com a recuperação e reforço para a turma. Ao professor ainda é necessário ser solidário com os erros dos alunos, ele deve explicar os motivos porque é necessário corrigi-los e que está disponível para ajudá-los. É preciso incentivar a atitude de voltar, analisar, rever, e ainda lembrar-se de que corrigir os próprios erros não é fácil.

awareness; controlled drills; meaningful drills; guided, meaningful practice; free sentence composition


No caderno do aluno 

O trabalho com awareness; controlled drills; meaningful drills; guided, meaningful practice; free sentence composition

A primeira forma de ensino da gramática, a Awareness, diz respeito à conscientização, nesta forma os estudantes devem entrar em contato com um item focalizado, no qual o aluno retoma o texto para localizar o ponto da gramática. Sublinhar as palavras que caracterizam a consciência do aspecto de gramática que se precisa aprender. O professor incentiva os alunos a perceber, tomar consciência do que é proposto. Um exemplo no CA, 1ªsérie, v.3 na pág. 6, é a questão que retoma as palavras que vem antes do verbo (Go back to texts B and D and find the word that comes before each of the following verbs:), nesta atividade podemos ver que o aluno entra em contato com o conteúdo em questão, a palavra “will” que indica futuro, no caso das previsões.


A segunda, Controlled drills, consiste em escrever ou falar as frases que são dadas, a partir de um exemplo padrão, para que o aluno produza de acordo com a forma já oferecida. O aluno deverá através dos exemplos fazer a atividade. Tudo já está dado, o significado, algum texto já foi lido durante a aula e resultou nesta atividade. Há uma atividade no CA, 8ª série, v.3 na pág.6, que consiste em completar uma tabela usando emoções e sentimentos mencionados no texto, seguindo o exemplo ( Complete the table using the emotions and feelings... Follow the example.)


Meaningful drills- Há uma possibilidade de escolha do modelo, usando a estrutura dada, porém a opção é do próprio aluno.


Guided, meaningful practice – O aluno começa a ganhar maior liberdade para organizar as atividades, há uma estrutura, porém o próprio aluno vai se expressar. Neste caso, a atividade no CA, 8ª série, v.3 na pág.17, podemos perceber este tipo de atividade na questão A, onde o aluno é convidado a retomar suas anotações em grupo e realizar um breve resumo do que aprendeu (In the Activity Preparation for the writing task - part 1 (Situated Learning 1), you made some notes about the situation you chose. Write here... a brief summary of the event.


Free sentence composition – O aluno é colocado em uma situação e aí vai produzir uma frase ou um texto, mais livremente. A ordem, o que vai usar é de responsabilidade e criatividade do aluno de acordo com seu conhecimento.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Expressões idiomáticas

Provérbios língua inglesa

“It takes two to tango” é um provérbio cuja versão brasileira seria "Quando um não quer dois não brigam". Para dançar o ritmo do tango são necessárias duas pessoas, da mesma forma que quando uma pessoa está disposta a entrar em uma briga ou discussão é preciso que haja outra interessada em discutir. A versão em inglês, além do sentido mencionado, também diz respeito a atividades que exigem duas pessoas para que o objetivo seja atingido. Outra aplicação do provérbio pode ser entendida quando nenhuma parte é isenta de participação quando há alguma falha em uma atividade ou que, por exemplo, quando há um acordo, as duas partes devem consentir para que haja efetividade. Também quando ambas as partes são completamente dependentes uma da outra. Esse provérbio também pode estar ligado à infidelidade, pois somente acontecerá uma traição se duas pessoas estiverem mesmo dispostas a cometer o ato de infidelidade.

De acordo com uma pesquisa realizada, “essa expressão ficou popular em 1952 quando uma música composta por Al Hoffman -Takes Two To Tango ocupou por 17 semanas o sétimo lugar nas paradas de sucesso da Billboard”.
Quem não tem cão caça com gato, tem sua “versão” em inglês no provérbio: A drowning man will clutch at a straw, que quer dizer que o desesperado tente qualquer rota para sair de uma situação desesperadora, não importa o quão improvável é para ter sucesso. Esse ditado popular, a partir de meados do século 19, era na versão pegando (catch) em palhas, porém recentemente, houve a versão do "aperto" em palhas a qual se tornou comum, especialmente nos EUA. A palha foi escolhida porque seria à altura da inutilidade como um meio de salvamento, sendo assim, como era um produto de resíduo frágil e praticamente sem valor, que foi muitas vezes usado como um sinônimo para a mais importante e insignificante de objetos. O termo "Agarrar em palhas” é agora utilizado como uma frase figurativa, para descrever qualquer situação desesperadora. Quando a expressão foi criada se referiu especificamente ao afogamento. A noção de um homem que se afoga ansiosamente buscando "qualquer porta em uma tempestade" foi expressa pela primeira vez por Sir Thomas More, em um diálogo de conforto contra Tribulação, 1534: “Um homem em perigo de afogamento pegará tudo vem ao lado da mão... seja mesmo tão simples uma vara”. A metáfora expressa inutilidade muito bem, pois as palhas flutuam, mas um homem que se afoga não conseguiria se livrar ao apoiar seu peso e afundaria, porém tentaria ao menos esta última chance.

Idioms, collocations, proverbs e word formation

Na aprendizagem da língua inglesa nos deparamos com vários vocábulos, tanto na formação de palavras por prefixo ou sufixo, prefixo e sufixo, provérbios, idioms, collocations. Nós professores devemos ajudar nossos alunos a diante de certas palavras ou expressões recorrem ao dicionário para que o mesmo possa ajudá-los na descoberta do significado.

No diálogo observamos exemplos destacados de idioms, collocations, provérbios, e formação de palavras. Diante de uma aula em que aparecesse, por exemplo, a collocation: Lost and Found nesse diálogo explicitaria aos meus alunos sobre collocation: combinações frequentes entre palavras de um idioma, no caso inglês, ou seja são palavras que geralmente aparecem juntas em um enunciado. Nesse caso as palavras Lost e Found possuem uma relação de significado uma com a outra. Com a ajuda do dicionário e do contexto utilizado a collocation explicaria aos alunos como encontrar o significado da collocation em um dicionário: primeiramente eles encontrariam a palavra LOST: adjetivo perdido, e como se trata de uma combinação para eles imaginarem o que seria a palavra FOUND se perdido (LOST) possui uma relação com found. Posteriormente que eles encontrassem a palavra FOUND no dicionário e lá estaria a afirmação pretérito, particípio passado de FIND.Explicaria que alguns verbos possuem o passado e o particípio de forma diferente do comum Ed, e para isso deveríamos recorrer ao seu verbo no infinitivo para assim encontrarmos o significado. Na palavra FIND encontraríamos o significado encontrar e achar, como a palavra na collocation é FOUND o particípio passado de FIND o significado então seria achado, encontrado, traduzindo a collocation LOST AND FOUND como perdido e achado, o nome do departamento onde a personagem encontrou a sua mochila: departamento de perdido e achado.
Diante da formação de palavras (Word formation) como ,por exemplo, CARELESS, explicitaria primeiramente aos alunos o processo de formação de palavras: um prefixo e uma palavra base, um sufixo e a base, um prefixo + sufixo e a base, dependendo do caso. Explicaria que essa palavra possui uma base (substantivo) e um sufixo formando um adjetivo. Primeiramente com a ajuda do dicionário eles procurariam pela base, no caso o substantivo CARE que significaria cuidado. Posteriormente eles procurassem pelo sufixo LESS que significa menos formando o composto menos cuidado, ou seja, ao adjetivo descuidado. Explicaria também que geralmente o sufixo LESS forma palavras adjetivas e que na maioria das vezes significará menos ou sem, tornando assim o aluno apto a diante de outras formações de palavras com sufixo LESS deduzir o significado do vocábulo apresentado.

Vocabulários

Vocabulário passivo são as palavras que os alunos entendem, porém não utilizam – vocabulário ativo consiste em palavras que já são faladas, entendidas e escritas pelos estudantes. É preciso aumentar as atividades que exercitam o ato de ouvir e de ler, de rever a pronúncia das palavras e frases, a fim de aumentar o vocabulário passivo e, portanto, dar maior potencial ao vocabulário ativo. Quanto mais oportunidades de falar, o aluno vai encontrando as palavras do passivo e vão enquadrando-as na categoria de ativo. 



quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Tipologia textual x Gênero textual


São diversas modalidades discursivas que constituem as estruturas e as funções sociais, utilizadas como formas de organizar a linguagem.

Dessa forma, podem ser considerados exemplos de gêneros textuais: anúncios, convites, atlas, avisos, programas de auditórios, bulas, cartas, cartazes, comédias, contos de fadas, crônicas, editoriais, ensaios, entrevistas, contratos, decretos, discursos políticos, histórias, instruções de uso, letras de música, leis, mensagens, notícias. Diversos textos que circulam no mundo, as quais têm uma função específica, para um público específico e com características próprias. Aliás, essas características próprias de um gênero discursivo nos permitem abordar aspectos da textualidade, tais como coerência e coesão textuais, impessoalidade, técnicas de argumentação e outros aspectos de acordo com o gênero em questão.
Um gênero textual pode abranger várias tipologias de texto, as quais se constituem de traços que formam uma sequência narrativa, descritiva, dissertativa, injuntiva. A bula de remédio, por exemplo, que contém descrição, injunção e argumentos para o uso é um exemplo de gênero textual que abrange diversas situações de tipologia textual.

A mistura de vários tipos de texto envolve o trabalho com atividades que despertem para as diversas características que eles apresentam e que podem ser desenvolvidas em projetos, tais como jornais, murais, peças de teatro, além de apresentações bem-humoradas de propagandas que podem conter descrição, argumentação e outros tipos de textos.

domingo, 7 de outubro de 2012

O desenvolvimento da competência leitora

Competência leitora 

Neste contexto de formação de leitores/escritores nas nossas escolas é preciso ampliar e consolidar os conhecimentos de mundo do estudantes para que ele possa trabalhar com textos literários, jornalísticos, científicos, técnicos, etc, abordando os temas nos meios de comunicação que eles conhecem e se interessam seja na imprensa, televisão , a internet com as redes sociais. 
Esse trabalho diversificado deve contribuir para que os alunos demonstrem e se tornem de forma "consciente e consistente", sujeitos capazes de criticar e ler sobre diversos temas, que sejam engajados e comprometidos com a cultura e a memória de seu país. 
O interesse é despertado através de leituras que despertem a curiosidade do aluno, pois a leitura é necessária para conhecer o mundo.
Sugestões e bom exemplo são iniciativas que proporcionam a vontade e curiosidade dos alunos. Para ser um bom monitor e incentivador da leitura aos adolescentes também temos que ser bons leitores.

domingo, 30 de setembro de 2012

Variação linguística

Variação Linguística

O Currículo aborda questões de variação linguística, pois a língua é múltipla e variável, incluindo questões centradas no indivíduo constituído na linguagem verbal como ser humano, em sua subjetividade, portanto único em relação aos outros, e um ser social, ou seja, parte constitutiva de um todo histórico, social e culturalmente construído.
Os professores, nesse sentido, devem favorecer o acesso dos alunos ao letramento, para que conheçam e sejam fluentes na variedade padrão, porém os campos de conteúdos reconhecem os fenômenos linguísticos nas diferentes dimensões, não só na gramatical. Dessa forma, procura-se desenvolver o olhar de ação e pesquisa das dimensões subjetivas e sociais e linguísticas da turma nas diferente situações de fala e escrita. 

A importância de conhecer as variedades do uso da língua diante do contexto social

Desenvolvendo o hábito de pesquisar e ensinar em sala de aula contrapondo os dados da gramática normativa com registros do cotidiano ou usuais, sendo eles formais ou informais.

Utilizar textos de jornais, revistas, histórias em quadrinhos, tiras de humor, bate-papo virtual abordando não só a gramática normativa, mas o ensino gramatical, pois é tanto textos mais elaborados e em contextos mais formais que a norma culta é encontrada isso possibilita ao aluno saber e vivenciar as diversas situações nas quais a língua é usada em sua diversidade e também de acordo com a norma culta.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Inglês - língua de todos

O melhor inglês?

  Atualmente, o inglês se tornou uma Língua Franca, Global, internacional, e é falada por muitas pessoas, modificada através de vários tipos de sotaques, por isso, devido à diversidade de cultura, não podemos dizer se uma forma é “melhor falar” um tipo de inglês ou outro. 
  O inglês britânico é uma das muitas variedades singulares de inglês, hoje. Ainda mais, compreender as mínimas diferenças entre o modo britânico de utilizar a língua e o jeito americano podem mais enriquecer a comunicação do que torná-la mais lenta. Lembrando que há diferenças entre inglês britânico e americano, assim como o português brasileiro e o português europeu (de Portugal). Até mesmo no Brasil, existem diferenças no português do Rio Grande do Sul e no Português do Piauí. 
  O importante é a comunicação, outra coisa, o inglês fluente não significa falar com sotaques.... Misturar as duas variantes no ensino seria no fato de expor a diversidade de formas que a língua pode admitir e fazer com que o aluno esteja preparado para compreender e se comunicar de acordo com o espaço e as pessoas com quem vai conversar, falar, escrever, etc.

Textos autênticos

  Com a proposta de aprendizagem voltada a priorizar as competências leitoras e escritoras pretende-se promover experiências nas quais os alunos aprendam gradativamente a lidar com textos, mesmo sem saber todas as palavras neles presentes. Ao trabalhar com os textos autênticos, os gêneros orais e escritos, os alunos conhecerão as estruturas por meio das quais essas práticas se concretizam.
O objetivo é fazer com que os alunos se familiarizem com a língua inglesa contextualizada e situada histórica, cultural e socialmente. No trabalho com as séries iniciais há ênfase na compreensão e na aproximação lexical, não há muito foco na análise da estrutura dos gêneros. 

  Portanto, podemos observar que o contato do aluno com a língua, nessa prática, é mais próximo a fim de que os alunos comecem a ler e a compreender textos em inglês.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Método x abordagem

Todos nós, que já fomos alunos, temos em mente algum professor e seu "método" de nos ensinar, a forma como lembramos nos influencia também como professores. 
Assim como vimos nas ideias dos autores, sobre metodologia, notamos que a primeira forma de ensinar levando em conta o método seria aquele professor que tem uma abordagem (conteúdo, o que seria a língua e o ensino da língua) prepara uma aula e a põe em prática sem se preocupara com o contexto de materiais, objetivos, pois o objetivo é a "aula pela aula". Outros autores defendem uma forma mais significativa de ensinar, é preciso levar em conta aspectos de motivação, a variedade de materiais e estratégias de ensino de uma língua, aspectos estes que envolvem a participação dos alunos não como meros espectadores, mas interagindo com os colegas e com o professor. É necessário conhecer os alunos e instigar novas estratégias, para que o aluno se expresse sem medo de arriscar.
Abordagem seria um sentido mais amplo do modo como ensinar uma língua, vimos que antes este conceito era analisado separadamente como o fundamento do que ensinar na língua, como se diferenciassem as áreas linguísticas do método, oferecendo apenas uma forma de ensinar diferente de outra, um professor trabalharia, neste contexto, diferente dos outros, porém, atualmente, temos o conceito de abordagem envolvida com as questões do método, ou seja, as situações de ensino da língua devem abrir um amplo leque de fatores que em conjunto fazem parte da aprendizagem, não apenas separando o que ensinar? Método? Resultado? Mas sim, o que ensinar interagindo com os recursos humanos e materiais para que professor e aluno possam se desenvolver nas questões comunicativas e de vida social. 
Em "Methods-post-method", o autor define o livro didático (no caso o cadernos do aluno e do professor), como meio e a mensagem, aborda também a questão de que os professores não podem dizer que não seguem um método se devem seguir um livro didático. Nessa perspectiva, podemos ver o professor como um utilizador de meios para estimular os alunos e abordar os cadernos para que com o uso dos elementos: a natureza da linguagem; a natureza da aprendizagem de segunda língua; metas e objetivos no ensino; o tipo de programa a utilizar; o papel dos professores, alunos, materiais didáticos; as atividades, técnicas e procedimentos para usar possam ser didáticos e facilitadores ao mesmo tempo.

Linguagem - desafios

Desenvolvimento da linguagem
O homem conhece o mundo através da linguagem. Esta capacidade humana de atribuir sentido a códigos estabelecidos por objetos de conhecimento, transformando a linguagem em meio que é construído e modificado ao longo do tempo, assim como a própria linguagem, esta capacidade é a matéria prima para a área de Linguagens, códigos e suas Tecnologias. Para tanto são considerados princípios fundamentais do trabalho com a linguagem: 
  • Domínio das linguagens: linguística, musical, corporal, gestual, o sentido das imagens, espaço e das formas... 
  • Participação discente: as diversas interações como aluno com os colegas, com o professor e as concepções de mundo, o aluno deverá ser protagonista. 
  • Processo de criação e recepção: no ensino das diversas linguagens as informações devem levar ao processo de produção à estética e crítica, o mesmo aluno que observa o processo de criação é o aluno que faz e que produz novos elementos da linguagem. 
  • Contextualização do conhecimento: de forma sincrônica, que nos leva a responder as questões de quando foi construída aquela linguagem? De que forma era a sociedade daquela época? De forma diacrônica, na qual podemos ver quais foram as modificações que aquela ideia de linguagem foi sofrendo ao longo do tempo, como ela foi analisada e vista por outros autores, entre outras questões. E a forma interativa, no caso, os observadores são convidados a interpretar na época atual, como o objeto de linguagem é visto, como se apresenta e ainda que relação tenha o objeto com a sociedade atual, com as pessoas no “mundo de hoje”. 
  • Intertextualidade: nesse princípio podemos ver a relação entre outro objeto com o objeto cultural em questão na situação de aprendizagem, questões como quem se inspirou no objeto? Com que outra forma de linguagem o objeto “conversa” e mantém uma identidade semelhante? 
  • Integração à cultura: Objetivo principal dos princípios do trabalho com a linguagem é que os alunos participem das aulas de forma a conhecer e absorver a cultura atual e história, integrando sua realidade com a realidade das aulas. 
O aluno, neste contexto tem o papel de participante ativo das situações de aprendizagem propostas pelo currículo, bem como responsável pela interação com os colegas e com o professor. Espera-se que ele demonstre vontade de aprender e atue no processo de criação e recepção do conhecimento da nova língua, além de vivenciar os projetos expressando sua criatividade ao realizar as atividades da disciplina.
Nessa perspectiva, quem aprende deverá ser sujeito e aprendiz, sujeito no sentido de absorver o que é ensinado e modificar o conhecimento de mundo que já existia, acumulando saberes na construção da identidade e consciência de cidadania em seu papel social ao longo da vida.
No aprendizado de uma nova língua, o sujeito construtor do próprio conhecimento verá uma nova cultura e nova realidade transformada em conhecimento de si mesmo e do mundo em que vive.
O desafio maior de nossa ação pedagógica é de auxiliar o aluno a desenvolver a linguagem, de modo que seja capaz de falar adequadamente, compor suas opiniões e saber expressá-las em momentos de interação com os colegas, professores e ainda na sociedade em geral. 
É importante reconhecer o ensino de Língua Portuguesa como base para a compreensão e produção das diversas áreas de ensino e aprendizagem. 
Ao atribuir sentido aos códigos, através da leitura, por exemplo, o aluno é convidado a interagir e criar as próprias ideias de acordo com sua vivência social seja na oralidade ou na escrita que é base para qualquer tipo de conhecimento, pois se o aluno escreve bem, contextualizando o próprio conhecimento, é capaz de transformar a realidade de sua vida e dos que interagem com ele. 

Ensino por competências

A competência consiste em saberes, capacidades e informações que são mobilizados pelo indivíduo para que ele possa solucionar situações problema nos diferentes tipos de cultura e espaço, pois a competência é vista como adaptada ao mundo em que o ser humano está inserido. Portanto o aluno é capaz de desenvolver sua competência partindo do contexto em que vive e vivenciando os saberes em sala de aula e fora dela.

Para desenvolver um ensino por competências é necessário trabalhar problemas e projetos, trabalhos complexos e desafiadores que incitem os alunos a mobilizar seu conhecimento e completar suas visões de mundo. É preciso trabalhar de forma atuante, cooperando com os alunos e ainda se abrir a aprendizagem para a sociedade em geral, as famílias participando dos trabalhos tanto nas lições de casa quanto nas apresentações e exposições de projetos. 

Um professor que trabalha projetos, nos quais os alunos são autores dos processos de criação, ações de pesquisa e exposição dos trabalhos é exemplo de prática de um professor inserido na perspectiva de desenvolvimento de competências. 
Os professores, desta forma, são vistos como organizadores de situações didáticas e de atividades que têm sentido de vivência aos alunos, que quando são envolvidos nas situações de aprendizagem, ao mesmo tempo, geram aprendizagens fundamentais.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Enem e Saresp - Algumas considerações


Definir o mínimo de aprendizado dos alunos de acordo com o currículo é um dos objetivos do SARESP
Além de traçar o perfil socioeconômico dos alunos de cada escola de acordo com a fase do ensino que estão a fim de que as escolas possam conhecer como estão as famílias dos alunos, quais as melhores grades para incrementar nas propostas curriculares e planejamento pedagógico, para desenvolver metas de aprendizagem para serem alcançadas anualmente. 
Aos professores, esse exame e o índice do IDESP servem para identificar os saberes e as dificuldades e buscar novas formas de desenvolver as competências e estratégias novas de ensino.


O objetivo do ENEM enquanto avaliação nacional do ensino médio é avaliar os alunos quanto às competências e habilidades adquiridas e desenvolvidas durante sua formação nos anos em que estudou no ensino médio. 
As competências avaliadas são fundamentais para o aluno no exercício  de sua cidadania e para promover a  busca por uma formação em nível superior ao término da escolaridade básica.
Ao incluir as diversas competências e avaliar o aluno como um todo em suas habilidades o exame abre uma oportunidade também aos professores, para ir além do ensino pelo ensino, mas também para formar alunos competentes para terem oportunidade de concorrer a tão sonhada vaga em universidade.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Inclusão na escola

Entre as leituras indicadas para este tema, observamos como referência o documento da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva – MEC/SEESP , também contamos com outras publicações no site da Secretaria de Educação Especial do MEC.
Na antiguidade as pessoas com deficiência não eram consideradas pessoas humanas, eram abandonadas para morrer em qualquer lugar, visto que já crianças eram treinadas para guerra e se fossem defeituosas não serviriam para isto.
O cristianismo deu alma para essas pessoas, eram considerados filhos de Deus, porém sem muita dignidade elas eram abandonadas à própria sorte e viviam geralmente das esmolas e da solidariedade do povo.
Na inquisição e reforma protestante, passaram a ser bode expiatório dos pecados de toda a humanidade.
E hoje, como são tratados?

Segundo os estudos de Lígia Assumpção Amaral, diante da ameaça de uma imperfeição ou defeito, desencadeamos mecanismos de defesa:










"Toda e qualquer ferramenta, recurso ou processo utilizado com a finalidade de proporcionar uma maior independência e autonomia à pessoa com deficiência. São consideradas tecnologias assistivas, portanto, desde artefatos simples, como uma colher adaptada ou um lápis com uma empunhadura mais grossa para facilitar a preensão, até sofisticados programas especiais de computador que visam a acessibilidade". (Fonte: GALVÃO FILHO, T.; DAMASCENO, L. L. "Tecnologias assistivas para autonomia do aluno com necessidades educacionais especiais". Inclusão – Revista da Educação Especial, Brasília, ano 2, n. 2, p. 25-32, jul. 2006.)
O professor é o profissional que está diretamente envolvido com os alunos com deficiência, é dele que partem as questões básicas de formação do indivíduo como "o que fazer", "por que?", "como" e "até onde pode chegar o aprendizado. Este profissional deve ter em mente que todos tem capacidade de aprender, basta torcer o nariz ao preconceito e aderir às boas práticas, buscando sempre maior formação para os desafios da sala heterogênea.
A criança com deficiência, dos diversos tipos, tem o direito de conviver com todos os alunos, de estar junto, aprendendo e participando. Para isso ela se organiza e reorganiza em suas impossibilidades psicológicas e biológicas para interagir e se adaptar ao meio por intermédio de outras habilidades, por exemplo, o tato para superar a falta de visão.
Cada aluno deve ser compreendido em sua subjetividade e não pela capacidade de cognição individuaslmente. E esse aluno que tem algum tipo de deficiência deve externar o pensamento e adquirir os meios de desenvolveer o conhecimento numa relação de confiança com o professor e com os colegas, sem rótulos limitadores.
No contato direto com as salas heterogêneas, apesar das dificuldaes pessoais, institucionais e sociais, o professor é o agente de modificação de quebras de paradigmas e deve ser semente de mudanças, suas ações devem ser norteadas por um desejo de que todos com igualdade aprendam e tenham oportunidade de crescimento como pessoas que aprendem que tem direito a tentar seu espaço de trabalho no futuro.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Vivência escolar

De acordo com a professora Vânia, há um projeto da Secretaria da Educação que promove visitas anuais das sextas séries ao Museu de Memória Regional e Horto Florestal da cidade de Primavera, estado de São Paulo, além de visitações das oitavas séries ao Parque estadual do Morro do Diabo que é uma Unidade de Conservação situada no Pontal do Paranapanema. Desta maneira podemos perceber o currículo como espaço de cultura, apreendendo o novo como forma de aprendizagem. Alguns dos alunos, ainda segundo a professora, não teriam a oportunidade de visitar outros lugares devido à condição financeira, porém essas iniciativas abrem o campo de atuação do professor envolvendo práticas históricas, científicas seja na natureza ou no patrimônio municipal. 
O programa Escola da família funciona aos finais de semana e tem a participação dos pais e alunos em atividades culturais, artísticas e esportivas. As reuniões de pais são bimestrais.

A escola realiza algumas ações onde a comunidade está inserida, contando sempre com o envolvimento de alguns profissionais da segurança pública (polícia militar) na prevenção contra as drogas “PROERD”, também da área da saúde psicológica a qual realiza trabalhos de desenvolvimento pessoal e social “GDPS” com os alunos.

O GDPS - Grupo de desenvolvimento pessoal e social com os adolescentes é iniciativa da psicóloga em conjunto com a coordenadora Maria Inês, compreende alunos da 6ª e 7ª série, esse trabalho é desenvolvido semanalmente, realizado no contraturno dos alunos. O primeiro passo foi convidar os alunos para participar das reuniões, de forma aberta, não-obrigatória, os alunos foram aderindo ao trabalho.

De acordo com a psicóloga, não havia somente os alunos-problema, mas aquele que quisesse participar. Abordando questões pessoais próprias da idade dos adolescentes, tais como: Identidade, Qualidades, Cidadania, entre outras. Em grupos formados de acordo com o tema, foram desenvolvendo dinâmicas e atividades manuais, de formação pessoal, assistiram vídeos sobre esses temas. Não só atividades educativas mas visando o desenvolvimento total do aluno para enfrentar questões familiares e de vida.
Segundo ela: "como aquelas amigas da escola, promovendo a parceria entre sociedade e educação, contribui na formação dos alunos, dedicando um pouco de meu tempo para ajudar. Os alunos participaram da montagem de mensagens que surpreenderam a todos pela capacidade que os alunos tem e que muitas vezes não é notada e desenvolvida no cotidiano escolar". 

Desta forma, podemos ver que na Escola Estadual Porto Primavera muitos dos princípios do currículo são cumpridos, com a ajuda de outros profissionais e sobretudo com a parceria entre equipe gestora e coordenação, direção, visando o objetivo maior que é o de desenvolver a formação do aluno em todos os sentidos, para que ele possa ser um cidadão participativo, consciente e com identidade.

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