A produção textual deve ser um processo sociointeracionista, onde o indivíduo mobiliza todo o seu conhecimento e experiência de vida e elabora de forma autônoma seu posicionamento diante da sociedade em relação a determinado assunto.
Portanto, quando se está copiando, não se está escrevendo, ou seja, não se está produzindo. Pois produzir um texto é uma atitude de expressão, onde através dele você expõe suas opiniões, sua colocação diante do tema sobre o qual se escreve. Escrever é um processo ativo, é dizer o que você realmente pensa.
Já a cópia é um processo passivo e mecânico, que para tanto nem se há a necessidade de pensar, simplesmente se reproduz a ideia do outro, e muitas vezes sem compreendê-las, como um papagaio que repete os sons sem questioná-los, sem conhecer o significado daquela fala. Porém também temos a cópia em uma atividade de produção de texto coletiva, copiar o produto final é significativo, pois o aluno se reconhece como co-autor do texto.
Porém, em algumas atividades há a possibilidade de se utilizar a cópia de modo produtivo, isso dependerá muito do direcionamento que o professor dará à atividade. Algumas dessas atividades são importantes para desenvolver habilidades relacionadas à forma, podem ajudar os alunos a focalizar a atenção nos grafemas, na ortografia e pontuação, e a exercitar a caligrafia, por exemplo. Afinal, acredito que para copiar, precisamos antes, ler e então temos a oportunidade de se aprender com o texto que estamos trabalhando.
Temos que ser críticos em relação a esse tipo de atividade, mas como também não podemos dizer que atividades de cópia não possam ter um objetivo significativo para os alunos. Apenas precisamos ensiná-los a fazer uma cópia “crítica”, analisando, pensando e repensando sobre aquilo que se está copiando, aprendendo com o que for notável e contestando o que não se concorda.
Assim, temos que ter em foco o objetivo da produção textual e analisar o significado das atividades, para então alcançar uma aprendizagem expressiva.
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