Todos cometemos erros
Os professores têm uma responsabilidade na mediação do aluno na construção da autonomia e confiança para o desenvolvimento da interlíngua. Não sendo necessário que o aluno compreenda totalmente e saiba reproduzir a aula de forma automática e até mecanizada. Portanto, situações de erro podem e vão acontecer. Na época de escola, os erros eram punidos com notas baixas, pois era necessário que se reproduzisse fielmente, sem faltar “nenhuma vírgula” o que o professor dissesse que era o “correto” na língua, principalmente através da gramática que era utilizada como instrumento de poder para o professor.
No entanto, hoje, percebemos que os erros também são importantes para o processo de aprendizagem, pois através da correção (autocorreção ou por mediação do professor ou entre os pares, seus colegas), pode-se efetivar a aprendizagem do aluno. Se o professor não souber lidar e mediar às situações de erro de seus alunos, pode acabar por diminuir a confiança deles e muitas vezes destruir a motivação para aprender. Aos poucos nós professores, entendemos que fluência é a capacidade de compreender e utilizar a linguagem, sem hesitação, mesmo que ainda existam erros gramaticais, pois estes erros são considerados meios para que o processo de ensino e aprendizagem avance e aconteça uma aprendizagem significativa.
Desta forma, devemos utilizar os momentos de erro como um momento de apresentar e rever estruturas da língua, também considerá-los um “norte” para o processo de trabalho com a recuperação e reforço para a turma. Ao professor ainda é necessário ser solidário com os erros dos alunos, ele deve explicar os motivos porque é necessário corrigi-los e que está disponível para ajudá-los. É preciso incentivar a atitude de voltar, analisar, rever, e ainda lembrar-se de que corrigir os próprios erros não é fácil.
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