LUIS GONZAGA E A ASA BRANCA – O SER TÃO NORDESTINO
A interdisciplinaridade acontece
principalmente pautada na integração, ou seja, na ponte entre os conhecimentos
e na interação, as relações entre os sujeitos envolvidos. Neste sentido, vê-se
a necessidade de buscar novos caminhos, quebrando os paradigmas dos
compartimentos das disciplinas, que consistem em formas lineares de classificar
o conhecimento, pois raramente um tema é tratado apenas em uma área específica.
Um caminho para a interdisciplinaridade consiste no desenvolvimento de projetos
que respondam aos problemas enfrentados no próprio saber. Elaborando uma
identificação dos pontos de encontro no concreto e não apenas no teórico. O
objetivo principal deve ser sempre o de criar estratégias para facilitar a
aproximação.
Assim, a proposta do tema de pesquisa
seria o projeto interdisciplinar: “Luis Gonzaga e a Asa branca – O ser
tão nordestino”, poderia ser trabalhada com o Ensino fundamental, com o
objetivo de resgatar a importância da cultura popular nordestina. O tema
incentiva a descoberta da identidade cultural nordestina e das várias
manifestações existentes na região, buscando informações através de pesquisas e
da reconstrução concreta dos diferentes saberes existentes, como o cordel, o
repente, a música, as danças, as lendas, a culinária, as festas populares e
outros elementos que dão identidade à cultura popular nordestina. Envolvendo as
áreas de conhecimento em Ciências Humanas e suas Tecnologias, Linguagem e
Códigos e Ciências da Natureza e as disciplinas de Geografia, História,
Ciências, Arte e Língua Portuguesa.
Ao envolver a música trabalhamos
o sentido de conhecer a realidade que envolve as dificuldades da seca, que pode
ser vista em geografia e biologia, com as variedades climáticas e de vegetação.
Pode-se perceber a riqueza da canção, as rimas, o ritmo, bem como a tradição
nordestina do forró, baião e da festa junina, por exemplo. Ainda mais, ao
conhecer o autor da música, Luiz Gonzaga incentiva-se abordar o contexto
histórico em que ele viveu e também pode-se conhecer o próprio contexto histórico
dos alunos através do trabalho com biografias e Linha de Tempo. Outra proposta
é envolver a arte nesta obra, com questionamentos sobre como representar o
sertão artisticamente? Como se sente ao perceber a seca nestas músicas? Pode-se
ainda trabalhar a seca no contexto de valorizar a água como essencial à vida
humana e questionar os alunos a respeito dos temas de racionamento e estiagem
que enfrentamos com o aquecimento global.
É fundamental a participação das
novas tecnologias da informação e da comunicação linguagens multimidiáticas,
softwares, produção de comunidade de pesquisadores, o que ampliam e agilizam
esta implementação da reforma intelectual e institucional, somos, enquanto
pesquisadores veículo de mudanças da forma de pesquisar, deste processo
irreversível da ciência contemporânea. Neste interim, pode-se utilizar a
internet, por sua vez, para a pesquisa de conteúdo jornalístico sobre
preconceito contra os nordestinos e até utilizar este tema para desenvolver uma
campanha contra o bullying, pois, a
ciência não tem sentido se não utilizada para resolução dos grandes problemas
que afetam a sociedade em termos culturais e de avanço democrático de acesso ao
saber. Portanto, pode-se entender que os campos do conhecimento se alimentam de
metodologias, teorias, diversos fenômenos que interagem e se integram
compreendendo o ser humano de forma global, como um todo.Veja mais: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=24968>